terça-feira, 11 de março de 2014

Já chega

 Hoje acordei sobressaltada. Há muito tempo que isto já não me acontecia.
É uma sensação horrível. Parece que o cérebro esteve a completar ligações durante a noite e de repente de manhã sai o resultado aos tropeções. De repente deduzo coisas, encontro problemas, assuntos que se fazem mais difíceis, reparo em situações que me tinham passado ao lado, tudo se interliga e sinto-me mal. Triste, pesada e a tentar arranjar soluções para tudo. Principalmente frustrada porque obviamente não consigo resolver nada nos primeiros 5 minutos depois de acordar. Como se tentasse manter areia dentro da minha mão, quando afinal escorre entre os dedos.
E isto segue-me durante a manhã, e pelo dia fora. Ora mais presente ora mais ausente, depende da ocupação do meu cérebro.
Cai sobre mim um peso grande e uma tristeza que se prolonga pelos dias a seguir.
Só desaparece se eu conseguir resolver o problema na minha cabeça, resolver o problema com quem o tiver, tirar as dúvidas que tiver, ou chegar à conclusão de que afinal não é assim tão importante e que tenho coisas boas demais na vida para perder tempo com aquilo tudo.
(um dia de sol, um dia perfeito, um dia em família ou com pessoas de quem gosto também ajuda)
Hoje foi um destes dias, pesado e sempre com uma sensação de alerta.
Decidi que já chega. Há assuntos, neste caso que têm ver com a(s) amizade(s), que não podem fazer mais parte da minha lista de problemas.
Não dá mais. Desisto de investir tempo e cabeça.
Não sou perfeita, tenho falhas. Mas parece que há situações em que sou eu apenas quem ignora as falhas do outro lado. E irrita-me nem saber o porquê ou a causa da reacção que recebo.
Sempre fui (muito) tolerante.
Mas realmente essa tolerância não melhorou em nada a minha vida.
A partir daqui será um sistema de auto-gestão.
Não quero tentar controlar mais nada.