quinta-feira, 28 de junho de 2012

Este dia...

...está a começar mal!

Acordei com uma dor de cabeça do tamanho da muralha da China. Mal me consegui levantar e levar um benuron à boca.
Depois, como não tinha boleia e os senhores da CP decidiram mudar os horários dos comboios, saí de madrugada de casa, tão de madrugada que não havia uma única loja aberta na minha rua, que é coisa que nunca tinha visto!
Lá fui para o metro... lá fui para o comboio...
COMBOIO SUPRIMIDO.
Boa!! 
Esperar pelo próximo!
COMBOIO CIRCULA COM ATRASO.
Excelente!
Lá entro no comboio, e lá vou a caminho... quando ouço a uma estação do destino.
POR ORDEM SUPERIOR ESTE COMBOIO TERMINA A SUA LIGAÇÃO NESTA ESTAÇÃO.
Oi? desculpa? A uma estação do meu destino???
Espero pelo próximo, que claro está também circula com atraso.
Lá vem, lá entro, nem me sento, lá saio... lá chego ao trabalho... lá começo a aturar puxa-sacos!

E ando com tão pouca paciência para puxa-sacos!
E ainda para mais para puxa-sacos que depois se revoltam com quem é puxa-saco!

Irra e mais a este dia... já me deitava!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ah... e é óbvio...

... que todas as conversas acabam com o irremediavelmente... e tu? Onde vais?

Grrrrrrr.

Só pode ser de propósito.

Porque toda a gente que tem órbita na minha rota me fala das férias que vai ter.
Do sitio barato que encontrou,
No descanso fantástico à beira-mar que tem programado.
Em como já sonha passar duas semanas a descansar e longe de tudo com o núcleo familiar.
Como vai viajar.
Onde alugou casa.
Onde tem casa.
E eu que sou pessoa que não gosta sentir inveja daquela feia e que se sente nas entranhas figadais... começo a sentir.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O meu chefe...

...canta em modo "hummm hummm humm" enquanto estamos a falar com ele. Ao mesmo tempo! Enquanto estamos a falar! 
Dá para ter paciência? É que começa a roçar a má-educação, caramba...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conversa de Café na mão...

Colega Nº1 - Eu vou para o Farol o mês de Agosto todo. Sem horários, sem stresses, só praia a 50m e descanso.
Colega Nº2 - Eu aluguei casa 3 semanas em Vilamoura... mesmo para descanso total. Ir e vir a pé para a Praia e pouco mais.
Colega Nº3 - Eu tenho casa em Lagos e lá vou eu! Acordar cedinho para comprar peixinho e depois... zuca praia!
Colega Nº4 (Eu) - Tempo todo com bolachinha na boca para não ter de falar da minha miséria!

É isto!


Um bom dia para si também...

Quando chego ao escritório tenho de percorrer um hall de entrada, um corredor, e uma sala em "open space" com cerca de 10 pessoas até ao meu lugar.
Desde que vim para este espaço, atravesso essa sala cheia de pessoas ou não, conforme a hora a que chego ou a que eles chegam.
Nos primeiros tempos dava sempre um "bom dia!" geral. Ora diz a boa educação que quando se chega a um sítio se deve cumprimentar as pessoas que lá estão. E também diz a boa educação que se deve responder de volta. Simplesmente porque vivemos em sociedade e não somos bichos do mato. Ninguém é obrigado a tal, mas é uma coisa a que dou algum valor, já que fui educada assim.
Mas neste caso, nunca ninguém me respondeu. NINGUÉM. Acabei por desistir. E agora só digo "bom dia" se passar por alguém, aos meus vizinhos do lado, enfim, reduzi ao mínimo os meus cumprimentos matinais.
Ontem deu-se um caso inédito!
Cheguei de manhã, como sempre, entrei no tal "open space" e, enquanto andava em direcção à minha sala, oiço "Bom dia!". Mas num tom de indignação. Como se eu nunca tivesse cumprimentado ninguém e aquele "bom dia" fosse uma reclamação.
Até estremeci! E respondi em forma de dois bons dias, e num tom tipo, "Aleluia irmãos!!!"
Mesmo assim, acho que não perceberam a minha ironia...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Queria tanto...

...mas tanto ir de férias este ano!
Era mesmo uma coisa que me deixava feliz!
Mas acho que mais uma vez ainda não é este ano. 
Quando se está casada com alguém com níveis de exigência muito diferentes dos nossos dá nisto.
A verdade é que não são só, os níveis de exigência, são as prioridades, os gostos e a maneira de pensar.
Somos tão diferentes, mas tão diferentes que não sei por vezes como estamos juntos há tanto tempo.
Este ano está a ser um ano particularmente difícil para mim... não houve festejos de aniversário de casamento, 
lancei a escada para o aniversário de namoro, mas também não aconteceu.
E ele? Nada. Impávido e sereno. Aliviado até se queres a minha opinião. Que festejos a dois também não é coisa
que lhe aqueça a alma.
Mas a questão é que me estou a deixar levar sem o querer fazer.
E ando a ficar triste por dentro, porque passam os anos e não há escapadelas, não há viagens de um dia, não há férias.
Quantas vezes já me apeteceu agarrar em mim e ir sem ele? Quantas? Ficas a saber se que já foram algumas.
Mas sei que no dia em que fizer isso vai ser um turbilhão de zangas, discussões e chatices e não ando com paciência nenhuma.
Mas a questão é só uma... eu quero ir e ele não... e não temos ido.... anos a fio sem ir a lado nenhum!
Por mim podia ser um hotel, ou alugar uma casa... qualquer coisa mas fazer alguma coisa diferente, apanhar sol e ter uma piscininha para banhocas.
E acho que mais uma vez vou ficar por casa... e vão ser quatro semanas... em casa!
E ele sabe como me sinto... mas não falamos...porque já estamos fartos de discutir... e então não falamos... mas eu não gosto de não falar...
mas não falamos... porque para mim não falar é desistir e eu não quero desistir... mas não falamos!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jogo de Portugal VS supermercado

Tive de ir a correr comprar umas cosinhas de última hora ao supermercado ontem, dia de jogo de Portugal/Holanda.
Faltavam cinco minutos para começar o jogo, era óbvio quem é que ia sair. Eu! Eles estavam todos sentados no sofá, já de cerveja na mão, as miúdas é que tiveram de se mexer.
Lá fui ao supermercado, no caminho começou o jogo. 
Entrei e não havia vivalma naquele sítio. Ouvia-se ao fundo o som do jogo.
Conclusão que tirei: os únicos homens que estavam a fazer compras eram estrangeiros. E eram dois. De resto, só havia senhoras calmamente a passear e a fazer compras com um sorriso nos lábios como se fosse um paraíso. Parecia que flutuavam, tanta era a paz. Ri-me.
De repente percebi que foi golo da Holanda. Apareceram lá do fundo do corredor quatro marmanjos que trabalhavam ali, a correr que nem uns loucos em direcção a uma televisão que transmitia o jogo. Quase que me atropelaram.
Rapidamente a calma foi restabelecida, eles voltaram cabisbaixos aos seus afazeres, com o cachecóis de Portugal ao pescoço.
As únicas clientes nem se mexeram neste rebuliço, pareciam hipnotizadas.
E eu era a única a correr de um lado para o outro, tipo louca, com o cesto a arrastar no chão, a recolher coisas das prateleiras para me despachar.
Além do barulho de fundo do jogo, o meu cesto a arrastar no chão e a fazer derrapagens era o único som que se ouvia.
Só havia uma funcionária a atender na longa fila de caixas vazias.
Parecia um filme da Quinta Dimensão...Weird...


segunda-feira, 11 de junho de 2012

workaholic vs shopaholic

A., sabes o que me apetece fazer loucamente depois desta fase de violenta introspecção laboral? Sabes, sabes?
Ir às compras! (não, não é ao supermercado...)
Ainda por cima só tenho recebido e-mails e sms de lojas e perfumarias a oferecerem descontos! Estão a chamar por mim!...
Apetece mimar-me! Comprar umas pechinchas (sim, nada de loucuras) e voltar para casa toda contente.
Portanto...aí vou eu! Desligar o cérebro e entrar em modo fútil e inútil.

domingo, 3 de junho de 2012

Jacarandás

Estamos na altura dos Jacarandás em flor. Uma flor lilás que, contrastada com o verde das folhas, dá um efeito lindo nas árvores desta espécie. E consequentemente nas ruas que têm Jacarandás grandes, dos dois lados. Ao pé do meu trabalho há uma rua assim. Está linda, com um ar de história de encantar. É realmente um espectáculo maravilhoso só olhar, simplesmente contemplar.
Mas quando andamos na dita rua, os nossos pés ficam colados no chão porque as flores devem produzir uma espécie de goma que se propaga no ar e cola-se no chão, nos carros, em todo o lado. Além disto, as flores vão caindo também, e juntamente com a calçada, os nossos pés vão escorregando se pisarmos a flor. E não ajuda o facto da rua estar inclinada.
E dou por mim a perguntar porque é que as coisas não podem ser perfeitas? Porque é que uma coisa não pode ser perfeita por inteiro? Sem defeitos, problemas ou consequências? Porque é que, neste caso dos jacarandás, não pode ser tudo perfeito, e a cola que fica no chão ou as flores que escorregam deixarem de existir? E ficarmos apenas com uma imagem perfeita?
Chego à conclusão de que a perfeição está afinal no equilíbrio deste nosso universo, em que qualquer coisa não é apenas boa ou má, ou bonita ou feia. É um conjunto de coisas que se equilibram e que mostram que há causas e consequências para tudo, e que o melhor é termos a noção disso mesmo.
Nem tudo é perfeito, e até pode ser bastante desconfortável pisar flores que escorregam. Mas quem não gosta de ficar a contemplar a imagem perfeita de um Jacarandá em flor?