Dou um exemplo: as madrinhas. Histéricas com organização da despedida de solteira. Quem vai, quem não vai, qual o dia certo (só para esse assunto devem ter sido uma mil mensagens até se chegar a alguma conclusão). Mas não pára aqui! A seguir alguém se lembra das brincadeiras, jogos, perguntas ao noivo que a noiva tem de responder (típico e sem interesse nenhum), presentes idiotas como cuecas, aventais, eu sei lá! (esta parte li em diagonal para não me deparar com coisas realmente ridículas). Enfim, escapei-me à despedida de solteira. Poupei-me a uma noite de risos forçados e puro "entertainment" de bocejar...
Mas isto não bastava. Alguém teve a ideia de se lembrar em oferecer mais um presente à noiva na sua despedida. Pois, mais uma despesa...Oops, tarde demais, só li o email sobre isto hoje, sendo que a despedida foi no sábado passado. Bom, nada a fazer, pensei eu, e confesso com algum alívio por não desembolsar uns euros a mais do que o previsto.
Momentos depois recebo mensagem de uma das madrinhas histéricas a insistir para respondermos (sim, a mensagem era para várias pessoas) se queríamos ou não entrar nas contas desse presente, mesmo que não tivéssemos ido. E rápido, porque é urgente saber!
Sinceramente...poupem-me. Eu não sei se ofendo alguém por pensar assim, mas que raio de festa é que as pessoas inventam à volta de um casamento em que me vejo obrigada a gastar mais dinheiro num mês do que gasto em supermercado em dois ou três meses? Será que faz sentido? Presentes (que nunca são baratos), presentes de despedida de solteira, vestidos, sapatos, fatos, gravatas, viagens...Quando em troca o que tenho é mais um casamento igual a todos os outros, com momentos enormes de seca à espera de aperitivos ou fotos ou do jantar, com calor de matar, em zonas onde o pavimento é em gravilha e eu estou com saltos altos, um almoço, ou jantar ou ambos, música de treta e uma valente dor nos pés e comichão nos olhos por causa da maquilhagem.
Eu fico muito contente pelas pessoas se casarem, juro que fico. E percebo que, para quem se casa, é realmente muito importante tudo o que se passa à volta do casamento. E é por estas razões que me esforço.
Mas porque é que tem de ser sempre a mesma coisa? É como ver o mesmo espectáculo várias vezes.
NO ENTANTO abro aqui uma enoooorme excepção a alguns casamentos de pessoas de quem gosto muito mesmo, e nesses todo o sofrimento se transforma na maior alegria, e a dor dos pés nem aparece!
Mas admito que, para casamentos de colegas de trabalho ou amigos de amigos, a vontade é zero...é que sinto que me convidaram com tanta vontade como a que eu tenho de ir...e torna-se tudo uma obrigação.
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