Nunca tive o hábito de ir à papelaria ou quiosque mais próximo "pôr o euromilhões" à sexta-feira de cada semana. Nem ficar com o papel na mão à espera dos resultados, nem andar a imaginar chaves com números cheios de significado a pensar "agora é que é!"
Também não gosto daqueles grupos do trabalho em que cada um dá dois euros e jogam trinta pessoas de uma vez. Acho que tentei uma ou duas vezes e desisti.
Não tenho o meu cérebro organizado para estas coisas do jogo, de apostas e de probabilidades. Acho uma perda de tempo e esforço, porque caso contrário andava muita gente por aí milionária com as contas que faz às suas probabilidades da sorte.
No entanto, comecei a jogar quando descobri que dava para apostar na net, através do site da Santa Casa. Aposto pouco de cada vez, em média uma vez por mês quando me lembro, ou quando há mega jackpots e até parece mal não jogar, não vá estar a desperdiçar uma oportunidade. É que deste modo não dá trabalho nenhum, é só clicar e já está.
Até gosto de jogar no velhinho Totoloto, porque, como dizem, mais vale um milhão na mão!
Na verdade, com 100 mil euros já fazia a festa, mas não me calha nada, e continuei a não ligar muita importância a estas coisas da sorte.
Mas esta semana algo em mim mudou. Acho que foi o facto de me dizerem que não sabem quando é que o ordenado vai ser pago, não ter recebido subsídio de férias, por muito miserável que seja. E também a resposta negativa da candidatura a um novo emprego que, apesar de não entusiasmar a minha alma, seria uma coisa mais estável.
Por isso, joguei no mega jackpot do euromilhões com algo parecido com esperança. E a imaginar como seria bom dormir descansada daqui para a frente com um milhãozinho no bolso, nada mais.
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