E aqui estão, exactamente como os deixámos, livros, jornais e discos, e maços de cartas, e embrulhos, revistas e manuscritos. É impossível ter a correspondência em dia. Oscar Wilde dizia ter conhecido um jovem promissor que se arruinara com o vício de responder a cartas. Não me é possível ver todo este amontoado de papéis, mais os dois ou três livros que chegam todos os dias.
Saul Bellow, Jerusalém - Ida e Volta.
Edição Tinta-da-China (2011), tradução de Raquel Moura.
Hoje já não se escrevem cartas. Escrevem-se mensagens de telemóvel e de correio electrónico, posts e comentários. O vício são os blogues, o Facebook e o Twitter. Quantos jovens promissores se arruinarão andando por aqui?
retirado do blog delito de opinião
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